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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

ESCATOLOGIA BÍBLICA (PARTE 4) - A GRANDE TRIBULAÇÃO

                     
INTRODUÇÃO
  "Os profetas e apóstolos discorreram de tal forma sobre a Grande Tribulação, que basta uma leitura de seus escritos para conscientizar-nos de sua realidade escatológica. Haja vista o livro de Sofonia que, em termos proporcionais, foi o autor sagrado que mais tratou deste importante tema. A Grande Tribulação é o ‘dia do Senhor’, no qual Deus entrará em juízo com um mundo altivo, rebelde e impenitente (Is. 13.9-11; Ml. 4.1). Tendo como base as Sagradas Escrituras, observemos como poderemos definir esta tão importante doutrina.
I.                   O QUE É A GRANDE TRIBULAÇÃO
1.    Definição. A Grande Tribulação é o período de maior angústia da história humana, em que os ímpios serão obrigados a reconhecer quão terrível é cair nas mãos do Deus vivo. Na língua hebraica, a palavra angústia é particularmente forte: tsará, que significa, ainda, necessidade e esposa rival. Evoca este termo as contendas que havia, por exemplo, entre Penina e Ana, que levaram esta a uma aflição quase que indescritível (1 Sm. 1.15).
A Grande Tribulação recebe, outrossim, as seguintes denominações na Bíblia Sagrada:
a)    Dia do Senhor. ‘O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do Senhor; amargamente clamará ali o homem poderoso’ (Sf. 1.14).
b)   Dia da Angústia de Jacó. ‘Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela’ (Jr. 30.7)
c)    Ira do Cordeiro. ‘Eis os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo servo, e todo livre se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono e da ira do Cordeiro, porque é vindo o grande Dia da sua ira; e quem poderá subsistir?’ (Ap. 6. 15-17).
II.                QUANDO TERÁ INÍCIO A GRANDE TRIBULAÇÃO
A Bíblia é clara a respeito da Grande Tribulação, que terá início:
1.    Após o arrebatamento da Igreja. ‘Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra’ (Ap. 3. 10). Logo: A Igreja de Cristo não terá de experimentar a Grande Tribulação. Neste período, estaremos recebendo nossos galardões consoante ao trabalho que executamos na expansão do Reino de Deus. A promessa de Jesus à sua Igreja é a de preservá-la desse sofrimento (ITs. 1. 10; 5. 9; Lc. 21. 35, 36).
2.    Na metade da 70ª Semana de Daniel. ‘E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador’ (Dn. 9. 27).
A 70ª Semana de Daniel pode ser dividida em duas metades distintas.
a)    A primeira metade será marcada pelo reinado absoluto do Anticristo que, assentado no Santo Templo em Jerusalém, será aceito tanto pelos judeus quanto pelos gentios. Aqueles tê-lo-ão como seu messias; estes, como o seu salvador. Essas duas metades da semana profética de Dn. 9.27 são mencionadas diversas vezes em Ap. 11. 2,3; 12. 6, 14; 13. 5.
b)      A segunda metade será ocupada pela Grande Tribulação propriamente dita: ‘Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão’ (1Ts. 5.3). 
III.             QUAL O OBJETIVO DA GRANDE TRIBULAÇÃO
A Grande Tribulação será deflagrada, visando à aplicação dos juízos divinos sobre a terra e a reconciliação de Israel com o seu verdadeiro Messias. Ela também possui como objetivos:
1.                      Levar os homens a se arrependerem de seus pecados. ‘E, por causa das suas dores e por causa das suas chagas, blasfemaram do Deus do céu e não se arrependeram das suas obras’ (Ap. 16. 11).
2.                      Destruir o império do Anticristo. ‘E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e os homens mordiam a língua de dor’ (Ap. 16. 10).
3.                      Desestabilizar o atual sistema mundial. ‘Estavas vendo isso, quando uma pedra foi cortada, sem mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmiuçou. Então, foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o cobre, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não
se achou lugar algum para eles; mas a pedra que feriu a estátua se fez um grande monte e encheu toda a terra’ (Dn. 2. 34,35).
4.                      Implantar o reino de nosso Senhor Jesus Cristo. ‘Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará todos esses reinos e será estabelecido para sempre’ (Dn. 2. 44).
IV.              QUEM PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO
Há dois grupos distintos que passarão pela Grande Tribulação:
1.                      Os judeus que não tiverem aceitado a Cristo. ‘Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela’ (Jr. 30.1-7). Leia também Apocalipse 12.1-7. Nesta passagem, Israel é tipificado pela mulher que, perseguida pelo dragão, vai procurar refúgio no deserto. E o dragão, que é o próprio Diabo, buscando sempre arruinar os planos de Deus, sai para fazer guerra aos descendentes da mulher que se acham espalhados pelo mundo.
2.                      Os gentios. ‘Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos’ (Ap. 7. 9,13,14). Nesta passagem, somos apresentados aos gentios que serão salvos durante a Grande Tribulação.
V.                 AS QUATRO FASES DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Durante a 70ª Semana de Daniel, na qual situa-se a Grande Tribulação, haverá quatro fases distintas:
1.                  A falsa paz oferecida pelo Anticristo. ‘E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer’ (Ap. 6. 2). Não podemos confundir este cavaleiro com o Senhor Jesus Cristo que, em Apocalipse 19.11, aparece gloriosamente, voltando à terra para implantar o Reino de Deus. A paz a ser oferecida pelo Anticristo é ilusória e passageira (1Ts. 5. 3).
2.                  A guerra. ‘E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada’ (Ap. 6. 4).
3.                  A fome. ‘E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi o terceiro animal, dizendo: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo preto; e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão. E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro; e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho’ (Ap. 6.5, 6).
4.                  A morte. ‘E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo amarelo; e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra’ (Ap. 6. 7, 8). Os quatro primeiros selos do Apocalipse são uma admirável síntese do que ocorrerá durante a Grande Tribulação. Em primeiro lugar, há a falsa paz oferecida pelo Anticristo. Paz esta, aliás, que, por ser estabelecida com base na injustiça, acabará por gerar guerras e desinteligências entre as nações. Como acontece em períodos de conflagrações, os conflitos armados trarão a fome que, por seu turno, haverá de gerar epidemias e pestilências.
VI.              HAVERÁ SALVAÇÃO DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO
   Quando se estuda a Grande Tribulação, a pergunta é inevitável: haverá salvação neste período? O livro do Apocalipse mostra dois grupos distintos de salvos: os israelitas e os gentios (Ap. 7.4-14). Isto significa que, apesar da oposição do Anticristo, a Bíblia continuará a ser divulgada em escala mundial. Enganam-se, portanto, os que afirmam que, após o arrebatamento da Igreja, as Sagradas Escrituras perderão a sua inspiração sobrenatural e única. Tal ensinamento não conta com qualquer respaldo bíblico. Afirma o profeta Isaías: ‘Seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente’ (Is. 40. 8).
CONCLUSÃO
   Estejamos devidamente apercebidos, a fim de que não sejamos pegos de surpresa no arrebatamento da Igreja. Os que não subirem, terão de enfrentar a ira do Cordeiro. Infelizmente, muitos são os que se acham adormecidos espiritualmente. É hora de despertar deste sono! Caso contrário, como haveremos de escapar dos horrores da Grande Tribulação? Senhor, não permitas que sejamos dominados pela sonolência espiritual. Queremos estar apercebidos, a fim de que, naquele grande dia, possamos estar para sempre contigo. Amém! (ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Lições Bíblicas - Jovens e Adultos (Mestre): Vem o Fim, o Fim Vem - A dourina das últimas coisas. CPAD, 4º trimestre de 2004, p.54-58).

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